em santiago

VÍDEO: sargento da BM tem alta depois de 17 dias em UTI e é recebido com carreata

18.398

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Mayara da Luz dos Santos (Brigada Militar)
Sargento Rogério da Silva Godoy acompanhado da esposa Gislaine, dos filhos Pedro e Roger e da nora Andrieli

"Foi um sofrimento terrível. Algo que não quero nunca mais repetir". Assim o sargento da Brigada Militar Rogério da Silva Godoy, 52 anos, define os 17 dias em que esteve intubado com Covid-19 na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital da BM em Porto Alegre. Ele voltou para casa, em Santiago, na segunda-feira e foi recebido com uma carreata organizada por colegas e familiares. 


- Foi por um fio que eu não perdi a vida. Meu pulmão chegou a ficar 90% comprometido. A sedação também não pegou direito. Eu acordei várias vezes durante a intubação. Foi horrível, sabe? Ouvir as conversas na UTI, ver o que estava acontecendo, não conseguir respirar direito e não poder fazer nada. Hoje eu posso dizer que tenho uma vida nova. Renasci - descreve Godoy, que teve os quadros de hipertensão e diabetes agravados pelo coronavírus.

A primeira internação do sargento foi em 10 de dezembro no Hospital de Caridade de Santiago. Já no dia seguinte, ele precisou ser transferido para uma UTI, momento em que foi levado de ambulância para Santa Maria e, posteriormente, transferido de helicóptero para Porto Alegre. Godoy ficou na UTI até o dia 28, quando foi para um leito clínico. A liberação do hospital só aconteceu na última sexta-feira, dia 8, quase um mês depois da primeira internação.

Com mais cinco óbitos, Santa Maria chega a 163 mortes associadas à Covid-19

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Na chegada a Santiago ne segunda-feira, foi recebido com festa pelos colegas da Brigada Militar. Além da recepção na entrada da cidade, eles o acompanharam em carreata até o centro, onde mora. Cerca de 50 carros participaram da recepção de Godoy, que estava acompanhado do esposa Gislaine, dos filhos Pedro e Roger e da nora Andrieli.

- Quando chegamos, ele achou que era alguma barreira policial montada na entrada da cidade, porque realmente tinha muitos veículos e todo mundo estava fardado. Quando chegamos mais perto e ele viu que, na verdade, era tudo uma surpresa para ele, logo começou a chorar, emocionado com o carinho - conta a esposa. 

Godoy é sargento da reserva da BM. Antes de se aposentar, estava lotado no Comando Rodoviário. Atualmente, trabalha como voluntário na Patrulha Escolar da BM em Santiago. 

- Foi muito gratificante receber essa homenagem. Tinha colegas que trabalharam comigo 15, 20 anos atrás, que eu nem tinha muito contato - relata o sargento. 

MOMENTOS DE APREENSÃO 
Gislaine guarda na memória a última conversa que teve com o marido antes da intubação e a primeira logo depois a saída da UTI. Ambas foram por videochamada.

- Antes da UTI, os enfermeiros fizeram uma chamada comigo e me deixaram falar com o meu marido. Ele disse que ia ter que ser intubado, mas que esperava voltar logo para falar comigo de novo. Depois disso, foram 17 dias de angústia, em que todo dia a gente rezava muito. Até que chegou o dia 28, quando ele me ligou, já fora da UTI. A primeira coisa que ele perguntou foi como eu estava, se eu tinha me alimentado bem nesses dias. Se preocupou comigo antes de tudo - lembra a esposa. 

Anvisa divulga orientações para testes e vacinação em farmácias

Agora, Godoy segue com cuidados em casa. Como ficou muito tempo intubado, precisa fazer fisioterapia para recuperar os movimentos completos. Para as pessoas que ainda duvidam da gravidade do vírus, ele deixa um recado:

- No início, eu achei que estava bem. Tive sintomas, mas esperei cinco dias para procurar atendimento, porque achei que não era grave. Mas, acabou se tornando muito grave. Então, se as pessoas têm amor à vida, como eu tenho, precisam se cuidar para não pegar o vírus, em primeiro lugar. E caso se contaminem, procurem atendimento logo. É preciso ter consciência. Ninguém quer perder a vida, tudo que construiu, por causa de um descuido.  

*Colaborou Janaína Wille

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Taxa de eficácia geral da Coronavac é de 50,38% Anterior

Taxa de eficácia geral da Coronavac é de 50,38%

Próximo

Acadêmicos de enfermagem da UFN realizam ações no Hospital Casa de Saúde

Saúde